Tuesday, December 04, 2007

Com a palavra os leitores



Frases soltas de mensagens que chegaram pelo correio eletrônico nesta semana. Como não chegaram diretamente no blog, como comentários, não vou transcrever tudo nem citar os autores (a não ser que eles peçam), mas acho interessante dar publicidade a algumas opiniões.

Na ilustração,
Arte conceitual II: Óleo sobre tela [ai...], de Breno Pessoa. Confesso que não entendi se é uma piada, mas quem pode afirmar com certeza?
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"Você elevou o nível do debate em torno da arte contemporânea porque não tem
medo de dizer o que pensa e com um diferencial indispensável: escreve de
maneira clara e elegante, coisa não muito comum na crítica de arte
brasileira, hoje cada vez mais mergulhada num academismo ressentido e
inócuo".

"Luciano, passei as últimas 2 ou 3 hrs lendo a discussão sobre arte contemporânea no seu blog. A coisa provoca, talvez porque os artistas sabem, no fundo no fundo, que têm se comportado como atravessadores da arte. A voz interna se calou."

"Realmente existe uma unidade destes discursos que combatem incondicionalmente qualquer crítica à arte e à música contemporânea. E o pior: estes discursos monopolizam o estudo na universidade pública (da composição musical, ao menos, um dos pontos mais avançados no estudo da música). Trata-se de mais um monopólio da coisa pública no Brasil".

"Arte é experimentalismo. É preciso tentar. Às vezes, não dá certo. Nem toda a loucura é genial. Nem toda idéia original é brilhante. Mas originalidade é fundamental. Copiar é para a propaganda. Quanto a tomates, maçãs e caquis, se o cara põe isso numa galeria de arte, está querendo criar algum impacto visual. Então cabe ao crítico, como é o caso de Ferreira Gullar, dizer se gostou ou não gostou, e por quê. A autora pode se indignar, todos têm o sagrado direito de espernear, mas não pode evitar a crítica porque sua obra está exposta publicamente".

"Escrevo rapidamente, antes de sair, e antes de ler o blog, apenas para o cumprimentar pela ingrata tarefa de desmascarar essa bocó arte conceitual que derivaram de Ducahmp malgré lui même."

"De facto um dia [esta veio de Portugal] e não longe alguém vai dizer: "O REI VAI NU". o rei já está nu ha muito tempo e o conceptualismo tem as costas muiiiiito largas! até lá: basta um texto hermético e uma bosta passa a obra de arte, os galeristas vendem caro, os comissários incham de orgulho e afagam o seu ego, o publico não entende mas para não parecer ignorante diz que sim, dissimulando o seu pouco convencimento em conclusão: todos fazem uma performance!"

"Tenho acompanhado seus textos na Folha e concordo plenamente com vc. Temos mesmno que apontar o dedo para esses engodos."

"Que bom poder ler um texto assim!!! Privilégio, pra dizer o mínimo." [neste caso vou abrir uma exceção: a mensagem foi da Denise Stoklos, uma verdadeira artista do corpo]

"Parabéns! Acho que a sua tréplica na Folha foi bem melhor que o primeiro artigo. Você ganhou muitos pontos ao citar Joseph Kosuth, isso mostra que você não está simplesmente negando as questões contemporâneas (como às vezes sinto que o Sant'Anna e o Gullar fazem), você está tentando ultrapassá-las. Isso é possível de ser feito e está mais do que na hora de a gente aceitar esse desafio"

"Aos poucos, grande parte das artes plásticas produzidas no século XX terá que passar por um processo radical de revisão. É urgente que a crítica comece a valorizar pintores talentosíssimos que são discriminados simplesmente porque... têm talento para a pintura".

"I enjoy your blog, but why are we feeding stupidity and emphasizing mental disease by writing about it? Please, let's blog about who has real (good or bad) talent to share and contributions to make. Habacuc and Laura have neither. It is a shame that they found a space to exhibit their "lack of" and worse yet, "people" attended!!! Keep the quality of your blog."

"Enfastiado V. pode ficar, só não pode é esmorecer. Caso contrário, se pessoas
como V., que têm acesso à imprensa, esmorecem, o que será deste exército, do qual faço parte, que não concorda com esse lixo que nos é imposto em praticamente todos os centros culturais?"

"Você elevou o nível do debate em torno da arte contemporânea porque não tem
medo de dizer o que pensa e com um diferencial indispensável: escreve de
maneira clara e elegante, coisa não muito comum na crítica de arte
brasileira, hoje cada vez mais mergulhada num academismo ressentido e
inócuo."

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