Friday, November 23, 2007

Freud analisa um Presidente




Todo mundo reconhece o sujeito ao alto, espero, mas acho que pouca gente saberá quem aparece na segunda foto. Trata-se de Thomas Woodrow Wilson, presidente dos Estados Unidos entre 1912 e 1921, um período crucial da História contemporânea. Qual a relação dele com o pai da psicanálise? Wilson foi tema de um livro de Freud, um perfil psicológico-biográfico escrito em parceria com o diplomata americano Williiam C. Bullitt. Existe uma edição brasileira, de 1984, mas está esgotada.

Vou desenvolver este post mais tarde. Por ora basta dizer que a conclusão a que se chega lendo essa estranha biografia é que Wilson era um homem profundamente perturbado, e seus conflitos íntimos tiveram influência decisiva sobre a decisão de levar a América à Primeira Guerra. Em 2 de abril de 1917, ele pediu ao Congresso a declaração de guerra contra a Alemanha para tornar o mundo "seguro para a democracia". Foi sob a sua liderança, portanto, que os Estados Unidos começaram a se arvorar em salvadores do mundo, para o bem e para o mal.

Terminada a guerra, Wilson foi à Conferência de Paris, supostamente para tentar construir uma paz duradoura: propôs 14 medidas, com as quais esperava evitar novos conflitos, mediante tratados que não humilhassem os derrotados, nem lhes impussessem penas exageradas. Na prática, nenhum país vencedor quis abrir mão de sua parte no butim, criando-se as condições que levariam à Segunda Guerra, 21 anos depois.

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