Monday, December 03, 2007

Quem matou esse cara?

Voltando a um tema menos polêmico que arte contemporânea, esta é uma das cenas mais fortes do filme Tropa de Elite. Na minha opinião, todo o debate sobre as drogas no Rio de Janeiro passa por essa pergunta: quem matou esse cara? Foi o Capitão Nascimento ou foi o usuário? Participe da primeira enquete deste blog.

2 comments:

Unknown said...

Dada a proibição, as pessoas deveriam ter consciência de que comprar maconha é armar o tráfico, e não comprar. Como questão de fato, continuarão comprando. Imaginar que um "apelo às consciências" terá qualquer resultado prático é, na minha opinião, ilusório. Portanto, está mais do que na hora de rever a política antidrogas. Há drogas que viciam logo na segunda dose, exatamente como o cigarro (craque), há drogas que viciam uns, e não outros, exatamente como a bebida (cocaína), e há drogas que simplesmente não viciam (maconha). O conceito de "dependência psicológica" deveria ser afastado da discussão, pois desfoca o tema. Põe no mesmo saco (do "vício", em geral) coisas tão diferentes quanto o craque, a cocaína, o cigarro, a bebida, a maconha, o chocolate e o amor. Todos nós conhecemos gente que se acaba por conta de bebida e de cocaína. Nenhum de nós conhece gente que se acabou por causa de maconha. Por conta da dependência amorosa, uns poucos, talvez.
Descriminalizar as drogas em geral, fazendo pesadas campanhas públicas de alerta é, a meu ver, a solução. Hoje, nem isso pode ser feito de modo eficiente. A propaganda diz ao jovem que maconha vicia, o que é mentira, e ele sabe disso. Quando ela diz que cocaína vicia, ele pensa que também é mentira, e se ferra. A proibição das drogas cria um mercado milionário no seio de comunidades carentes encasteladas em um labirinto de vielas. É uma receita explosiva. Com a descriminalização, é razoável pensar que haveria um aumento (inicial, pelo menos) no número de viciados. Seria um problema grave de saúde pública. Querer comparar este problema com o criado pela proibição - uma guerra urbana, com milhares de vítimas todos os anos - é não ter senso de proporção. Acho que você está errado a esse respeito.

Blogildo said...

Foi o usuário! Sem dúvida alguma! E é justamente por isso que o filme é odiado pelo pensamento politicamente correto.