Tuesday, January 01, 2008

Feliz Ano Novo!


Neste primeiro post de 2008, não custa reafirmar: não é minha intenção fazer neste blog crítica de arte, mas uma investigação livre sobre os rumos da arte contemporânea. Ninguém precisa concordar nem ficar chateado com as hipóteses que levanto. O impulso para a indagação e o questionamento é próprio da minha formação jornalística (além de traço de temperamento). Aliás tenho aprendido bastante coisa com os comentários dos leitores, não me envergonho de dizer.

O interesse despertado pelo blog (que está com uma média de 200 visitantes únicos por dia, 15% deles fora do Brasil) e a convicção de que, efetivamente, a Internet está criando um novo paradigma de comunicação (hoje os textos mais interessantes sobre cultura e arte não estão nas páginas dos jornais, mas na rede) me animam a seguir adiante. Até porque o primeiro fator sugere fortemente que existe uma demanda por debates sobre arte, por reflexões que sacudam um pouco o imobilismo do statu quo.

Nestes primeiros dois meses estabeleci os rumos e algumas linhas-mestras dessa investigação: o peso da herança da arte conceitual, a relação entre arte e mercado, a articulação da arte com a pós-modernidade etc. A partir de agora vou tentar temperar essas reflexões mais gerais com análises específicas, eventualmente ajudando a disseminar obras interessantes que ficam fora da mídia, ou a desmontar obras desinteressantes que ocupam a mídia. Além disso, vou procurar trazer para cá discussões em curso em fóruns e publicações internacionais.

Na ilustração, Orpheus, óleo sobre tela de Marc Chagall

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