Friday, April 25, 2008

A morte como arte

Seguem mais informações, , do site da BBC, sobre o caso citado no post abaixo. Na ilustração, o cartaz da exposição atual de George Schneider.

Artista alemão procura doente terminal para morrer em instalação
BBC BRASIL

O artista plástico alemão Gregor Schneider está procurando um paciente terminal para participar de uma instalação na qual o doente morreria na galeria de arte.

Segundo Schneider, o doente passaria suas últimas horas de vida em uma galeria, no centro de uma instalação aberta ao público.

De acordo com ele, todo o processo artístico seria preparado com o consentimento do paciente e de seus familiares, que poderiam determinar como o moribundo seria apresentado.

Ele argumenta que tornar a morte pública pode servir para diminuir o medo das pessoas sobre o momento da morte.

O artista afirma que a instalação apresentaria a morte de uma maneira respeitosa e humana, e com um mínimo de privacidade - o doente ficaria em um espaço fechado com acesso controlado.

"Essa idéia já me persegue há mais de dez anos", disse o artista em uma entrevista à imprensa alemã.

Polêmica

A idéia de Schneider gerou polêmica na Alemanha. Segundo Schneider, ele teria recebido ameaças de morte depois de tornar sua idéia pública.

Políticos de partidos de esquerda e de direita criticaram o projeto dizendo que se trata de um "abuso da liberdade artística".

Silvia Loehrmann, deputada do partido verde no estado da Renânia do Norte-Vestfália, local onde Schneider quer expor sua obra, disse que não pode imaginar que pessoas queiram ver um moribundo "como vêem animais em um zoológico".

Caso consiga realizar a instalação, esta não será a primeira vez que a morte seria tema de uma obra de Gregor Schneider.

Ele já produziu uma instalação onde uma mulher morta era representada com um boneco e também já encenou sua própria morte, além de ter produzido esculturas relacionadas com o tema.

6 comments:

João Vergílio said...

Que tal as "ripas" do Sister? Não é apelativo, contém uma "reflexão" (tosca, na minha modesta opinião) sobre a arte (moldura "buraco para o mundo" / moldura "buraco para o nada"), mas é tão carente de valor artístico quanto um cachorro amarrado num canto da galeria.

Que tal a exposição do Orimoto?

Vamos deixar o folclore um pouco de lado. Você está fazendo uma reflexão importantíssima. Mas é preciso sair da praia.

Mortimer Só said...

maoamao

Mortimer Só said...

sinceramnte, quais os problemas nas propostas?

a arte é o único canal livre que restou. TUDO foi loteado pelas corporações e pelos sacerdotes do consumo. os artistas superstars convivem comodamente com este mundo desigual onde muita torpeza pior impera.
o campo da arte é o de libertar o olhar, olhando a mente - ainda q seja como olhar um abismo, ainda q seja como fazer uma cirurgia.

este artista é um baita farsante.
seu nome é fictício.
o cão é uma fábula. Natividad. a exposição, um factóide. de real só essa contestação/incômodo/discussão. nossos pesadelos e nossa tempestade mental mais íntimos desnudados.

e daí pergunta-se: quantos outros factóides já não foram fabricados neste mundo fora do palco da galeria? cumpre estabelecermos quem somos. somos o q lemos? eres o q les - este é o lema vigente na era da informação. somos as vacas de presépio do jornalismo explorativo da TV? o q importa: a solução do crime no Caso Mônica ou o deleite de mais um assunto ácido para se tratar no dia-a-dia? Que sociedade é essa onde a cultura baseia-se no enclausuramento de pessoas numa casa para q se observe o definhar das relações entre eles - modelos de beleza "bombada" q lutam pela tão sonhada grana e seus minutos de fama e cachês antes de cair no inevitável esquecimento.
debaixo do tapete social há um tumor q a tudo abarca. pq a arte não se contaminaria? eia!!! vamos pintar quadrados e retangulos vermelhos em meio ao caos, meu caro gullart. quem sabe marinhas a partir de nossas bostas de praias poluídas.

eres contra ou a favor? importa a opinião diante do inimigo? quem é o inimigo? o inimigo é deus, a arte, a mídia, a internet, a educação, Nós q somos um e somos todos. pah!

sociedade consumidora, canse-se.
dispa-se. esvazie-se. limpe-se.

mate o cão doente enfermo que jaz dentro de ti. ele sabe q vai morrer e é tudo q pede. adeus decadente. morre a míngua. que vá. mas leve junto ipods, blogs, estatísticas, reallity shows, telas de plasma, cel phones, silicones e botox, esperma congelado, mp3 players, a camera q fotografa filma e edita, leva esta feira moderna, digo, contemporânea.

Evoé.

Unknown said...

Tudo muito confuso, não há mais como.....................sei lá....
só sei de uma coisa: maldade não me cheira a arte, senão o inferno seria um importante Museu,
no entanto, uma representação pictórica de um moribundo, pode ser arte de boa qualidade.
Isto não é um cachimbo!

Badah said...

A única coisa que me incomoda é a argumentação de que o artista intenta diminuir o medo da morte nas pessoas. Não creio que a Arte possa ter uma função pública ou política. Por que ele não assume que vai fazer isso por que tem tesão nos assuntos da morte? Seria muito mais digno e, talvez, até cativasse minha admiração.

Tetos de Paris. said...

mandar prender o artista, vale?