Wednesday, October 17, 2007

Qual é o futuro da Europa?










Para o historiador Walter Laqueur, a imigração, as políticas sociais e o fracasso da unificação desenham um quadro assustador para o continente.

“Os últimos dias da Europa retrata uma incômoda realidade. Espero que este livro aumente a conscientização e provoque debates, e que se tenha a coragem de dar os passos necessários para lidar com os problemas da Europa”
Henry Kissinger


Nas livrarias 25/10:
Os últimos dias da Europa – Epitáfio para um velho continente, de Walter Laqueur. Tradução de André Pereira da Costa. Odisséia Editorial, 208 páginas, R$ 34,90

Em diversas capitais da Europa, mais de 50 por cento das crianças que nascem por ano já são filhas de imigrantes; mas cada vez mais mulheres européias decide não ter filhos. O que acontece quando uma baixa taxa de natalidade colide com uma imigração descontrolada? Na contracorrente das análises politicamente corretas, Walter Laqueur, um dos mais importantes historiadores da atualidade, critica a imigração maciça de populações da Ásia, da África e do Oriente Médio para os países europeus - sobretudo porque estas levas de imigrantes não buscam a assimilação nas sociedades européias, mas apenas se beneficiar dos generosos serviços sociais oferecidos por aqueles países. Isso acaba levando à multiplicação de guetos e ao aumento da xenofobia entre os europeus nativos. Este é um dos temas abordados de forma corajosa e polêmica em OS ÚLTIMOS DIAS DA EUROPA – EPITÁFIO PARA UM VELHO CONTINENTE, do historiador americano de origem alemã Walter Laqueur. Ele acredita que a Europa está atravessando uma crise de identidade sem precedentes na História.

Mas Laqueur, autor de mais de vinte livros consagrados sobre o terrorismo, o fascismo e o anti-semitismo, não se limita a apontar o impacto da imigração (sobretudo de muçulmanos) nas sociedades européias. A questão demográfica é séria, mas ainda mais grave é a crise de valores políticos, culturais e sociais que afeta o continente. Crise que se reflete na (e é resultado da) decadência do sistema educacional. Por exemplo, uma pesquisa de opinião revelou em 2005 que mais de 40 por cento dos muçulmanos britânicos achavam que os judeus são um alvo legítimo para ataques terroristas. Laqueur associa a crescente vulnerabilidade da Europa à fúria de minorias extremistas com o excesso de tolerência e autocrítica dos líderes europeus, cujas políticas fracassaram na integração e aumentaram as tensões sociais, em vez de diminuí-las.

No terreno da economia, a maioria dos países da Europa vem apresentando baixas taxas de crescimento há anos, o desemprego aumenta e a produtividade não cresce. Ao mesmo tempo, a carga dos benefícios sociais e trabalhistas vem se tornando insuportável para os governos. Desenvolveu-se, além do mais, um ambiente de aversão ao trabalho, com semana de 35 horas e férias prolongadas. A longo prazo, as políticas de bem-estar social afetaram a competitividade das empresas, geraram apatia econômica e demonstraram ser insustentáveis. Somem-se a isso tudo os impactos provocados pelas dificuldades do processo de unificação e pela instabilidade econômica da Rússia, e o resultado é assustador. Se não demonstrar capacidade de renovação, a Europa pode se transformar em pouco empo numa espécie de museu temático, de parque cultural jurássico, adverte o autor.

Baixa taxa de crescimento demográfico, alta taxa de imigração, políticas de bem-estar social dispendiosas e problemas na unificação. Nesse contexto, os desafios que a Europa enfrenta, adverte Laqueur com consternação, podem ser mortais. Na verdade, a Europa que ele conheceu profundamente já está desaparecendo. E aos que consideram suas análise excessivamente pessimistas, alarmistas e sombrias, ele lembra que os museus estão cheios de restos de civilizações desaparecidas.

O autor


Walter Laqueur escreveu mais de vinte livros, entre eles O terrível segredo, O herói solitário e O fim de um sonho, já publicados no Brasil. Foi fundador do Journal of Contemporary History, de Londres e diretor do Center for Strategic and International Studies, em Washington. Lecionou nas universidades de Chicago, Harvard, Johns Hopkins e Tel Aviv.

2 comments:

Anonymous said...

Caro Luciano, o fato de eu não querer receber seu spam ou sugestão, não significa q eu não goste de ler.
julgamento prematuro, se puder, não me julgue tb.
não precisa de desculpar.
te desejo uma ótima noite.

Anonymous said...

Caro Luciano, obrigada pela atenção.
o fato de eu não querer receber seu spam ou sugestão, não significa q eu não goste de ler.
julgamento prematuro, se puder, não me julgue tb.
não precisa de desculpar.
te desejo uma ótima noite.
J Lè Bac