

Não pretendia voltar a esse assunto, mas saiu na coluna do Ancelmo Gois, no jornal O Globo de hoje:

Padilha e Meirelles
A revista "Bravo" reuniu Fernando Meirelles e José Padilha, os supercineastas, para uma entrevista que publica em janeiro.
Os dois, que fizeram filmes sobre o tráfico ("Cidade de Deus" e "Tropa de Elite"), metem o malho no consumo de drogas, inclusive de maconha, sob o argumento de que "estimula o tráfico".
Padilha diz: "Não há como escapar. No Brasil, o comprador de drogas está dando dinheiro para um grupo armado que controla uma comunidade carente. O cara que consome drogas sabe disso".
O diretor defende "Tropa": "O filme mostra essa posição com absoluta clareza".
Meirelles diz: "Fico quase repugnado, irritado mesmo, quando vejo alguém consumindo maconha, porque o cara está bancando o tráfico, não adianta dizer que não está".
Faz sentido.
É a posição que venho defendendo há tempos. Parabéns aos dois cineastas por desafiarem a patrulha ideológica que se recusa a enxergar o óbvio. Quando as pessoas vão acordar?
No comments:
Post a Comment