Saturday, June 14, 2008

Arte em leilão

Dois leilões importantes serão realizados este mês em Londres pela Sotheby's - um de arte moderna e outro de arte contemporânea. Uma análise dos lotes (disponível no site da casa de leilões, www.sothebys.com) revela alguns aspecxtos interessantes do mercado.

Claude Monet
La plage à Trouville, 1870

Por exemplo, o quadro acima, de Monet, foi arrematado em outro leilão da Sotheby's há pouco mais de um ano, em novembro de 2006. E já está à venda. É um dos mais caros do leilão: está avaliado entre 7 e 10 milhões de libras, mas pode chegar a muito mais.

Segue uma lista outras obras modernas que serão leiloadas em Londres, no próximo dia 25. Depois vou postar aqui os preços finais de cada obra (que em muitas casos diferem muito das estimativas, como aconteceu recentemente com um quadro da Beatriz Milhazes). Depois farei o mesmo em relação ao leilão de arte contemporânea, que inclui um bocado de baboseiras de Jeff Koons, Damien Hirst etc.


Pablo Picasso, 1881-1973 TÊTE DE FEMME (DORA MAAR)
Óleo: 3,000,000 – 5,000,000


Henri Matisse, 1869-1954 PÊCHES
Óleo: 1,800,000 – 2,500,000 libras


Alberto Giacometti, 1901-1966 TROIS HOMMES QUI MARCHENT I
Bronze: 4,000,000 a 6,000,000 libras


Marc Chagall, 1887-1985 LES CHARPENTIERS
Óleo: 400,000 – 600,000 libras


Egon Schiele, 1890-1918 KAUERNDE MIT BLAUEN STRÜMPFEN
Guache: 1,250,000 – 1,750,000 libras


Edgar Degas, 1834-1917 FEMME À SA TOILETTE
Pastel: 500,000 – 800,000 libras


Edvard Munch, 1863-1944 FROM ÅSGÅRDSTRAND
Óleo: 2,000,000 – 3,000,000 de libras

3 comments:

XTO said...

Eba! Vou comprar todos!

Anonymous said...

Oi Luciano.

Primeiramente quero elogiá-lo pelo seu blog que descobri pesquisando no google sobre arte contemporânea e pelos seu textox críticos. Meu nome é Laurie Anderson, recifense de 22 anos e ilustradora. Atualmente ando fazendo uns workshops gratuitos nas oficinas do Oswald de Andrade (ASSAOC, pra quem não tem grana pra fazer uma FAAP). Foi na oficina de monotipia do Prof. Marcelo Heleno que me veio à tona a "artista" Beatriz Milhazes que há anos conheço sua desenvoltura na arte contemporânea, mais um Romero Brito da vida. Ela usa a técnica da monotipia ou como antes, a decalcomania (ver Max Ernest o qual vale mais a pena ver). Essa técnica é pouquíssimo valorizada como obra de arte e sim tida como um simples “rascunho” ou estudos de luz mutio utilizada em preto e branco. A intenção é pintar sobre um suporte e depois fazer um decalque ou impressão única em outra superfície, técnica usada por Degas por exemplo. Por isso quero levantar alguns pontos sobre a obra da Beatriz, julgada por alguns críticos como empregadora de uma técnica dela, singular:
1.Hoje suas obras são super valorizadas por causa da sua quebra com paradigmas da monotipia como simples estudo do que obra.
2.A monotipia pode ser considerada praticamente uma técnica em extinção, sendo assim, a Beatriz trouxe a tona sua discussão sobre a técnica.
3.Suas monotipias não só são em papel (material não tão valorizado como suporte no mercado da arte). Ela aplica a tinta em grandíssimos quadros, vidros, paredes, etc.
4.A questão da técnica fora do seu suporte tradicional.
5.O uso da monotipia foi comumente mais usado como estudo da luminosidade. A Beatriz usa a monotipia também para dar cor à luminosidade e usa uma cartela de cores variadissima.
6.Ela é comparada com artistas da op art como Bridget Riley, com a diferença de que a Beatriz não usa só padronagens estáticas e sim cores e formas diferentes.
Mas quero deixar claro que não estou aqui para defender Beatriz Milhazes, pois do ponto de vista do desenho e da estética é piegas decoradora. Existe uma propaganda em torno dela como utilizadora de uma técnica única e pintora, mas isso é uma grande mentira. Max Ernest é um mestre na monotipia há muito tempo que ela. Já as obras do brasileiro Daniel Senise são mais interessantes conceitualmente e mais desenvolvidas e criativas com a monotipia. A arte contemporânea valoriza quem é mais “esperto” e quem tem mais poder de diálogo com outras obras de artistas conceituados (ver a Apropriação como arte). Claro que as cores que a Beatriz utiliza são bonitas e são utilizadas como argumento de “artistinha”. Se for assim pintores de parede são gênios. Artistas por aí afora utilizam melhor as cores e são engolidos pelo mercado de arte e esquecidos ou até tidos como meros ilustradores (ver James Dean). Ver também o pintor contemporâneo Xia Xiaowan.
Na Arte contemporânea vale também estudar insensantemente sobre uma estética ou técnica como Pollock ou como o Pernambucano José Patrício e Andy Warhol, super valorizados. A plasticidade torna-se mais importante do que seu talento em desenho ou pintura.
Fiz uma análise de artistas que os críticos dizem serem referências para as obras da Beatriz Milhazes e os quais supervalorizam suas obras:
Ross Bleckner: Listras ópticas
Alighiero Boetti: Jogo complexo de cores das bandeiras nacionais
Pierre Bonnard: Utilização das cores na luminosidade
Robert Delaunay, Paul Gauguin, Auguste Herbin, Heron Patrick, Kandinsky, Miró, Vasarely e Rachel Whiteread para citar alguns.
Os desenhos “autorais” da Beatriz são facilmente vistos em estampas de armazéns, papelarias e peças publicitárias. Até em imagens alucinógenas de clipes de Rock dos anos 80. Precisamos de artistas criativos e com novas visões. De uma arte que impressione e admire o público, pois quem é chocado é o povo que pega ônibus lotado todo dia!!

Públio Athayde said...

Visite http://arteemleilao.blogspot.com/
Cordial abraço!